Fabio Stal


Conceber um peça de design é, para mim, um processo quase involuntário. Acredito que “ser” criativo significa realmente ser criativo e não “fazer” criativo. Inspirar-se nos mestres é uma forma legítima e fundamental para seguir adiante, porém buscar nossa verdadeira natureza é o único caminho para alcançar a própria identidade.
Todos os dias somos bombardeados de informações, imagens, palavras e mais raramente, reflexões sobre o que nos proporciona verdadeira alegria e prazer.

Acredito no design que une forma e função. Não sou artista, estou longe disso. A alma de artista é inata e privilegio de poucos. Flerto com a arte, mas sou economista de formação.

Desenho móveis há mais de uma década e aprendi o ofício de marcenaria no chão de fábrica, nas mesmas máquinas que os verdadeiros artesãos ainda se valem para executar as mais belas e cada vez mais raras jóias que só a madeira é capaz de proporcionar. Faço dela o personagem principal de minhas criações, mas também me encanto com alguns coadjuvantes, como os metais, as pinturas e os tecidos, que estimulam o olhar e as emoções.
Sinto-me premiado em saber que minhas peças já são parte da vida de diversas pessoas, o que me estimula cada vez mais a continuar buscando, desperto, meu sonho.